O governo bateu o martelo com relação à localização da quarta usina nuclear brasileira, que era disputada de forma acirrada por Pernambuco e Bahia. A geradora ficará na região de Belém do São Francisco, no município de Itacuruba, a 470 quilômetros de Recife.
Palavra do próprio ministro Edison Lobão, que se encontrou recentemente com Campos para antecipar a decisão.
Trata-se da primeira das três novas geradoras atômicas cuja construção foi autorizada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). O anúncio oficial deverá ser feito pelo Ministério de Minas e Energia em junho.
Detalhes técnicos da nova usina já foram alinhavados. A geradora terá seis reatores com capacidade para produzir 6.600 megawatts.
O custo do empreendimento será de R$ 10 bilhões. É um projeto de longo prazo. A compra definitiva do terreno está prevista para 2012.
A expectativa é que todas as licenças sejam concedidas no ano seguinte. Pelo cronograma, o início das obras ocorrerá apenas em 2015, e o da operação é estimado para março de 2020.
Na partida, todo o projeto ficará concentrado nas mãos da Eletronuclear. A estatal será responsável pela contratação do consórcio que cuidará da parte de engenharia civil e pela compra de equipamentos.
No entanto, todos os esforços do governo estão focados na aprovação da emenda constitucional que permite a participação de investidores privados na operação de usinas nucleares – ver RR - Negócios & Finanças edição nº 4.052.
O governo quer convencer o Congresso a votar a alteração ainda neste ano – as negociações com os parlamentares da base aliada têm sido conduzidas pelo ministro da Casa Civil, Antonio Palocci.
Nem tanto pela usina pernambucana, cujo leilão está previsto apenas para 2014, quando, acredita o Ministério de Minas e Energia, as novas regras já terão entrado em vigor.
O motivo da pressa é a licitação para a operação de Angra 3, prevista para os próximos dois anos.
O motivo da pressa é a licitação para a operação de Angra 3, prevista para os próximos dois anos.
A ideia do governo é que o controle das usinas permaneça nas mãos do Estado, abrindo até 40% dos consórcios para a iniciativa privada.
Fonte: Blog do Jamildo
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