Pesquisa: 77% dos moradores de Salvador fogem do carnaval
Os exageros númericos e outros pecados ufanistas costumam colorir a participação dos moradores de Salvador no Carnaval. Na contracorrente, uma pesquisa da Secretaria de Cultura (Secult) e da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI/Seplan) ajuda a medir o grau de envolvimento dos soteropolitanos e a esvaziar os clichês midiáticos sobre a festividade dos baianos.
Realizada em maio, junho e julho de 2009, a sondagem coletou informações da folia daquele ano, com entrevistados de 14 anos ou mais. Foram aplicados 6.677 questionários. De início, identifica-se um baixo de grau de envolvimento: 77% dos soteropolitanos (1,93 milhão) não comparecem a nenhum dos seis dias do evento; desses resistentes, 62,7% ficaram em casa e 14,3% viajaram. Isso não significa que tenham se livrado totalmente do impacto do Carnaval - seja pela montagem (e transtornos) da estrutura, seja pelas transmissões das TVs (7,3% assistem à cobertura).
Apenas 19% se divertiram em blocos, em camarotes e na "pipoca" (como são enquadrados os foliões que preferem curtir sem pagar nada pelas atrações musicais). Traduzindo, 478 mil almas baianas vão atrás do trio elétrico; 100 mil (4%) ficam do outro lado do balcão e trabalham durante o Carnaval. Nessa categoria de raladores estão as famílias de ambulantes que armam suas barracas nas franjas dos três circuitos momescos de Salvador.
Fonte: folhauol
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