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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Criança comandava rede de prostituição no Agreste

A Polícia Civil desarticulou uma rede de prostituição infantil que era comandada, pasmem,   por um menino de 11 anos. O esquema funcionava em Gravatá, no Agreste do Estado, há pelo menos, um ano e aliciava meninas de idades entre 10 e 15 anos. Todas as crianças envolvidas na rede eram amigas e uma das garotas era irmã do cabeça do grupo. Apesar de confessar ser o articulador dos programas, o jovem aliciador está sob proteção policial, até que seja esclarecido se há a participação de algum adulto no esquema.
“Ele é um menino muito esperto e malicioso. Não parece ter 11, mas uns 18 anos”, comentou a delegada de Gravatá, Alessandra Brito. Ela disse que chegou até o grupo de crianças após três meses de investigação. “Recebemos uma denúncia do Conselho da Criança e do Adolescente sobre a prostituição e começamos a investigação”, contou. A Operação Ninfas principiou os trabalhos com a identificação das meninas que faziam os programas. Até agora foram identificadas 12 garotas que faziam parte da rede, mas esse número deve ser maior.Todas foram encaminhadas para exames sexológicos no Instituto de Medicina Legal (IML) de Caruaru. Inclusive, uma menina de 13 anos, está grávida.
A delegada Alessandra explicou que todas as meninas confirmaram que faziam programas. Algumas, de tão jovens, não tinham nem noção que faziam parte de um esquema criminoso. “A menina de 10 anos não entendia nem o que estava fazendo. Para a maioria delas não existe mais pudor, mas ainda há inocência”, disse. A desarticulação da rede de prostituição infantil levou a detenção de seis homens, anteontem, apontados como clientes das meninas de programa. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados. Os presos são dois homens de 82 anos, um de 62, outro de 57 e os demais têm 21 e 22 anos.
Levadas até a delegacia da cidade, as garotas apontaram quatro dos seis presos como clientes assíduos. Em depoimento, as meninas revelaram que recebiam entre R$ 10 e R$ 20 reais para os encontros sexuais. Os abusos aconteciam nas casas dos próprios homens. “Um deles tinha até um cômodo atrás da casa onde morava com a família para receber as crianças”, detalhou a delegada. O número de homens que podem ser presos por ter abusado sexualmente das meninas deve aumentar. A delegada não descarta a possibilidade de clientes de outras cidades e até mesmo de fora do Estado.
Os familiares das garotas serão ouvidos para saber se houve conivência deles com o esquema. “Vamos verificar se eles se aproveitavam da situação e tiveram alguma vantagem financeira”, frisou Brito. Casa seja constatado o envolvimento dos parentes, estes também serão responsabilizados. Os homens que tiveram relação sexual com as meninas devem ser indiciados por estupro de vulnerável.  Já o menino que comandava a rede não responderá processo, por se tratar de uma criança. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), só os adolescentes, com idade entre 12 e 18 anos, podem cumprir medida socioeducativa.

Fonte:folhape

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