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terça-feira, 19 de abril de 2011

Atleta buiquense se destaca no cenário nacional e é ídolo no interior de São Paulo


Um belo exemplo de que, se houvesse um investimento, por pequeno que fosse em esporte e lazer no município de Buíque, ao invés de perdermos nossos jovens para o álcool, a violência e principalmente para as drogas, estaríamos aplaudindo grandes campeões, é a história de vida do jovem Wellington Bezerra, que hoje se destaca no estado de São Paulo e no cenário nacional como uma das grandes promessas do atletismo brasileiro, cotado até para representar o país nas olímpiadas do Rio de Janeiro, em 2016.

O garoto pobre, que vivia participando de mine maratonas realizadas na região, e que viu sua vida mudar depois que participou de uma edição da Corrida de São Silvestre – ajudado pelo professor Esildo Barros e alguns empresários buiqueses -, agora é tratado como ídolo no Clube Grêmio Recreativo Barueri, no interior de São Paulo. O atleta vem alcançando marcas de destaque no senário nacional. Para se ter uma ideia, o buiquense fechou o ano de 2010 como o 8º melhor do Brasil nos 10 mil metros, em pista de 400 metros, na categoria Sub 23, com o tempo de 31 minutos e 7 segundos. Wellington ainda contabiliza várias outras conquistas em 2010. Entre tantas, destacam-se: a medalha de bronze no Troféu Estado de São Paulo, em pista de 10 mil metros, no Ibirapuera, duas medalhas de prata nos jogos de São Paulo, na categoria 5 mil e 10 mil metros, além de ter alcançado o índice para fazer parte da Seleção Paulista de Atletismo.

Assim como 2010, o ano de 2011 promete muitas conquistas para o jovem atleta. Em janeiro ele participou e conquistou o Circuito Sol Net, que aconteceu na capital paulista e deverá passar ainda por quatro capitais: Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo. As provas são divididas em duas categorias: 5 e 10 quilômetros. Wellington participou da prova mais curta e venceu com facilidade com o tempo de 15 minutos e 3 segundos, que lhe rendeu o record da prova, que era de 15 minutos e 7 segundos.

Os meses de janeiro e fevereiro ainda foram marcados por muitas conquistas do jovem maratonista. No dia 30, Wellington foi o campeão da Corrida dos Carteiros, na categoria até 24 anos. Já em fevereiro, o rapaz participou da Copa Brasil Cross Cauntry. A competição seleciona o grupo que participará do Sul-Americano da modalidade. O evento aconteceu no Paraguai e o atleta surpreendeu os melhores do Brasil, se classificando na 16º posição, na prova de 12 km, com o tempo de 39 minutos e 50 segundos. Nessa prova, Wellington ficou pouco mais de 2 minutos de distância do bicampeão Damião Anselmo. A competição contou com os 100 melhores do Brasil e apenas 74 conseguiram completar a prova.

Em março o maratonista começou a luta para conseguir o índice que lhe dar o direito de participar do Troféu Brasil de Atletismo. Na sua primeira tentativa, Wellington conseguiu o tempo de 15 minutos e 8 segundos, um pouco acima do índice imposto pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAT), que é de 14 minutos e 42 segundos.

Apenas 10 dias após a tentativa do índice, o maratonista mostrou que tem todas as possibilidades de atingir o índice exigido pela CBAT. Ele ficou em 2º lugar na principal categoria da corrida de 15 km da cidade de Barueri. O tempo do garoto foi de 48 minutos e 20 segundos. Bem abaixo do tempo alcançado por ele no ano passa, na mesma competição, que foi de 49 minutos e 36 segundos. O atleta ainda contabiliza esse ano o primeiro lugar na 8ª Corrida Ecológica Rio Sorocaba, na cidade de Sorocaba, no interior paulista.

No próximo dia 12, Wellington retornará a sua cidade natal para passar o feriado da Semana Santa com a família. Durante esse período, Wellington não terá descanso e treinará forte para o Campeonato Brasileiro de Fundo e Meio Fundo em Pista. A sua volta a cidade de Barueri está marcada para a quinta-feira (28/4). Na sexta-feira (39/4), o atleta já participará de uma competição na cidade de Campinas.

Quem sabe em 2016, os buiquenses terão um motivo a mais para assistir as provas de atletismo.

Texto: Paulo Cézar Cavalcanti

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